terça-feira, 4 de setembro de 2018

Arquivo referência

Com o incêndio o ocorrido no Museu Nacional, fiquei pensando em como guardar um pouco de nossa memória e colocarei aqui imagens que considero interessantes. Aqui extrai de uma publicação da revista Veja sobre os 450 anos do Rio de Janeiro. É uma imagem do arquivo geral da cidade do Rio de Janeiro sobre a construção do Cristo Redentor.

Imagem da construção do Cristo Redentor. 
Fonte: Arquivo geral da cidade do Rio de Janeiro

Reflexão sobre o incêndio no Museu Nacional


Domingo, dia 02 de Setembro de 2018, ocorreu um incêndio no Museu Nacional, situado na Quinta da Boa Vista, zona norte do estado do Rio de Janeiro. Mesmo sem tê-lo visitado senti uma perda enorme. Só ultimamente que surgiu em mim um interesse pela nossa história. Gostaria de ter conhecido seu acervo, ainda mais depois de saber pelo noticiário o que estava guardado lá. Por exemplo, havia peças do antigo Egito, havia um catalogo de cinco milhões de espécies de insetos. O fóssil humano mais antigo das Américas, chamado de Luzia, de cerca de onze mil anos atrás, também estava no museu. Uma coleção de mineralogia iniciada pela Imperatriz Leopoldina, que fora casada com Dom Pedro I, também estava lá. Além de fosseis de dinossauro e arquivos botânicos, o museu abrigava cerca de vinte milhões de peças cientificas e históricas, demonstrando que não há valor financeiro que recupere o que se perdeu.   
A edificação completou este ano duzentos anos de existência, para não dizer “vida”. Não sei se isso é importante para as pessoas, não sei se as novas gerações sentirão falta disso, mas mesmo não sabendo, considero importante preservar registros culturais do passado como um exercício, para o coletivo, de autoconhecimento. Às vezes surge o interesse de forma espontânea como aconteceu comigo, percebi que o conhecimento é uno e todas as informações que recebemos estão interligadas e por isso exalto a perda de grande valor cultural para o país e para o mundo. Penso que só não necessitaríamos deste material se tivéssemos atingido um nível de consciência que abrangesse todo este conhecimento e que não tivéssemos mais problemas e conflitos sociais.
Todos nós, Estado e sociedade, precisamos assumir mais a responsabilidade para a preservação de nossa história. Para que possamos aprender com as experiências anteriores. Tanto se fala em nosso déficit educacional na área de formação dos indivíduos, mas precisamos dar atenção também em como tratamos nossa cultura. Precisamos mudar nossa forma de pensar, para que a sociedade se interesse mais por museus não deixando-os em completo abandono e um fardo governamental. Insisto que é um modo de pensar pois não somente os bens culturais tombados são tratados desta maneira, mas é incrível como bairros perdem sua história com os novos empreendimentos e a partir disto perdemos nosso contexto em relação ao lugar, não dando mais a devida importância para algo que não é material que é nossa história.