sexta-feira, 21 de julho de 2023

Sobre futebol feminino e a Copa do Mundo 2023

Ontem, dia 20 de Julho de 2023, começou a Copa do Mundo de futebol feminino e por causa da publicidade exacerbada do evento decidi fazer algumas reflexões sobre o assunto. Há uma exagerada exaltação sobre a modalidade e qualquer crítica é vista como um ataque às mulheres. Isso é um equívoco que não contribui para o desenvolvimento do esporte.

Preconceitos existiram e existem, mas percebo que hoje ele é bem menor e que não há impedimento para as mulheres praticarem o futebol. O que ocorre é um interesse natural maior por parte dos homens na prática do esporte e isso vem mudando com o aumento do interesse das mulheres.

Não sou um entendedor e fanático por futebol, como o espectador padrão, mas também não sou aquela pessoa que não gosta. Consigo assistir uma partida e ter uma opinião se o nível é bom ou não. No caso do futebol feminino, o nível é ruim. A maioria das mulheres se ofendem com esta constatação porque associam a deficiência do jogo apenas ao fato de serem mulheres, o que é somente uma conclusão emocional e não condiz com a verdade.  Por exemplo, há diferença em assistir um jogo da Série B em relação a um jogo da Série A no Campeonato Brasileiro. A mesma sensação acontece se comparar um jogo do Campeonato Brasileiro com um jogo da Champions League ou ainda comparar um jogo de crianças em relação a um jogo entre adultos. 

Comparando quando o assunto é Copa do Mundo, a feminina está na nona edição enquanto que a masculina já tiveram 21 edições. 

As mulheres estão querendo partir da igualdade, mas na verdade precisariam partir do princípio da diferença. Esta base deveria começar com a modalidade no futebol de salão que favorece a habilidade e a estratégia e com esta base estruturada partir para o futebol de campo, que exige mais força e condicionamento físico. Estava assistindo um jogo recentemente e grande parte dos lances eram chutões e caneladas, ou seja, jogo de força, enquanto deveria ser exatamente o oposto, passes menores, jogadoras fazendo triangulações mais próximas, mais controle de bola. Não é necessária a diminuição da dimensão do campo e do gol como li em alguns comentários na Internet, é a forma de jogar que precisa ser adaptada ao condicionamento físico. Essa é uma percepção que me surgiu observando o Jiu-Jitsu, onde o conhecimento técnico e a estratégia superam o uso da força em muitos casos.

Penso que seus entusiastas já refletiram sobre isso e é uma modalidade que está se desenvolvendo rápido. Acredito que com o tempo melhorará muito (como vem acontecendo) e será prazeroso como entretenimento assistir, mas por enquanto não haverá tanta audiência como almejam aqueles que querem forçar a aceitação a qualquer custo. 

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