domingo, 28 de abril de 2013

Transformação

Pobre lagarta, por que rastejas,
Em buscas vãs, tão rente ao chão?
Não sabes, então quem és?

És borboleta. cheia de cores!
Foste criada para colher.
das belas flores o rico pólen
E ao espalhá-lo por onde passas
Toda beleza multiplicar.

Tem fé, lagarta, no que parece,
Ser impossível acontecer.
Hoje rastejas, mas, de repente,
sem que percebas, como ou porque
Por um desejo, forte e inconsciente
Em teu casulo te isolarás.

Então ai, a sós contigo
Nem vais ao menos te importar.
O que era tão belo e caro
O que julgavas tão necessário.

Da forma tosca serás liberta
E o mistério acontecerá!

Será cumprido então o propósito
A que vieste desde o início
Na borboleta que um dia foste
Saberás como te transformar.

(Autor desconhecido)

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