quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Sobre pratinhos de vaso e campanha contra a Dengue

Atualmente como estamos na primavera e nos aproximando do verão, período com maior precipitação de chuvas aqui em São Paulo, a prefeitura fez uma campanha publicitária para que a população evite o acúmulo de água parada para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, inseto que pode carregar o vírus que causa a doença Dengue. Até aí tudo bem. 
Mas uma frase na propaganda me fez questionar: Tire os pratinhos dos vasos.

Isso é muito relativo e explicarei o porquê.

Quem gosta e entende um pouco de plantas, sabe que a absorção de água é diferente nas diversas espécies. Em minhas observações, reparei que cactos e suculentas recebem melhor a água por baixo, pelo pratinho e água será absorvida por tensão superficial pela terra e pelas raízes. Colocando a quantidade adequada (o suficiente para umedecer o substrato), não restará água no pratinho.

O pratinho também serve para evitar o desperdício da terra se esvair junto com o excesso de água, mantendo o local mais limpo. Logo seu uso dependerá de algumas condições. Em minha experiência, faço uma análise e deixo alguns vasos com o pratinho e outros deixo sem, por exemplo se estão em um quintal ou varanda (ambientes externos).

Após o depósito dos ovos do mosquito na água, leva em média dez dias para o surgimento de um novo mosquito. O que deveria ser enfatizado é esta informação, para que não se permita o acumulo de água por mais de uma semana. Quem cultiva e entende um pouco de plantas sabe que deixar água acumulada não é bom para as raízes pois podem apodrecer.

A prefeitura poderia começar fiscalizando seus próprios imóveis e terrenos baldios, muito mais propícios no desenvolvimento do mosquito do que a residência dos cidadãos. Os cidadãos precisam mesmo ser instruídos, mas acho que a frase questionada é incorreta.

É somente uma priorização de investimentos, mais eficaz investir nisso do que em propagandas com erros de informação. Sem contar com o investimento em pessoas que visitam as residências e pulverizam inseticida que pode afetar não somente os mosquitos como todos os seres do local.

Novamente, como sempre, é o cidadão comum que é responsabilizado pela doença.

E em relação a este assunto, uma coisa que pensei agora, uma dúvida, pois as bromélias costumam acumular água em suas folhas. Por este pensamento elas serão proibidas e extinguidas?

É preciso ter cuidados com as informações.


 Coloquei água no recipiente 
abaixo do vaso deste cacto. 
Foto: Tiru

Após alguns minutos 
a água já tinha sido absorvida.
Foto: Tiru

Outra característica importante no uso de "pratinhos" que notei recentemente e por isso edito e atualizo este post (atualização dia 14/03/2020) é em relação a presença de formigas, os "pratinhos" são importantes para que não ocorra o que apresento na foto a seguir. As formigas retiram a terra e formam caminhos.

 Nesta foto, percebe-se o acúmulo de terra 
embaixo do vaso produzido por formigas. 
Foto: Tiru

 Nesta foto mostro que quando utilizamos pratinhos,
o acúmulo de terra não acontece.
Foto: Tiru

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

ARBUSTO (?)* - Erva de passarinho


 A Erva de passarinho 
na copa de uma Falsa Amora. 
Foto: Tiru
 É mais fácil perceber 
na época que caem 
as folhas. Foto: Tiru 
 Detalhe. Foto: Tiru
Aqui mostra como a planta 
se "incorpora" a outra. Foto: Tiru
Folhas secas para o chá. Foto: Tiru


NOME CIENTÍFICO: Structhanthus (?) flexicaulis ou polyrhizus

NOME POPULAR: Erva de passarinho, Passarinheiro, Visco ou Visgo.

FAMILIA: Loranthaceae

FLORAÇÃO, COR E ÉPOCA: Varia entre espécies, mas pelo que percebi ocorre principalmente de Janeiro a Setembro.

FOLHAS: Folhas carnosas, opostas, frequentemente subopostas, elípticas, oblongas ou obovadas.

HÁBITO: Sombra de árvores, Sol pleno.

TAMANHO ALTURA: --

CICLO DE VIDA: Como uma planta hemiparasita, sua vida dependerá da vida da planta hospedeira e isso pode variar de acordo com o tipo de planta.

MULTIPLICAÇÃO: Sementes depositadas nos troncos por fezes de aves.

ORIGEM: América do Sul.

OBSERVAÇÕES:

Comecei a pesquisar sobre esta planta assistindo um vídeo no Youtube, sobre o chá feito com as folhas e com informações para seus benefícios medicinais. Avançando minha pesquisa encontrei a erva de passarinho em uma arvore e até o momento penso que encontrei uma Struthanthus polyhizus, mas antes considerava ser Struthanthus flexicaulis, por isso deixei a dúvida na descrição. Por isso também devemos nos certificar que estamos utilizando a planta correta pesquisando bastante. É difícil em um primeiro olhar o reconhecimento.

Segundo a Wikipedia, é uma planta arbustiva hemiparasita das famílias Loranthaceae e Santalaceae. Hemiparasita significa que a planta faz fotossíntese mas necessita parcialmente da absorção de nutrientes através da planta hospedeira, que geralmente são árvores e arbustos de grande porte.

Segundo o site Jardineiro.net O nome popular se deve ao fato de que sua dispersão se dá por passarinhos, que ingerem os frutos das plantas e defecam ou regurgitam as sementes sobre as árvores hospedeiras. Logo que germinam, as sementes emitem um tipo especial de raiz, chamada haustorium, uma estrutura capaz de invadir os tecidos vasculares de outras espécies de plantas e sugar seiva bruta e elaborada.

Por uma pesquisa rápida aqui na Internet, tomei conhecimento de seu poder medicinal. É uma planta indicada para tratamentos de doenças respiratórias como bronquite, pneumonia e tuberculose. Também indicada para dores no útero e hemorragias. O canal do Youtube Amazon Sat, mostrou que ela tem poder cicatrizante e estudos em relação à cura do câncer.

Uma curiosidade que eu achei interessante, é que dizem que os druidas utilizavam esta planta e que o personagem Panoramix, dos quadrinhos Asterix a colocava na poção mágica.

Os índios Tupi-Guarani a chamavam de Guirarepoti que significa fezes de ave.

Quero salientar que continuo a pesquisa para saber sua real eficácia. Portanto não estou recomendando o uso de nenhuma planta ao leitor, apenas trazendo as informações de pesquisa. Informe-se e consulte um médico.



Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva-de-passarinho

https://www.jardineiro.net/plantas/erva-de-passarinho-struthanthus-flexicaulis.html

https://flores.culturamix.com/informacoes/erva-de-passarinho-parasita-e-cura-de-doencas

https://www.trocandofraldas.com.br/cha-de-erva-de-passarinho/

http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/erva-de-passarinho-planta-parasita-e-promissora-contra-tuberculose/

https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/28894/T%20-%20EMILIO%20ROTTA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602014000400008



vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=jo9ziCdGhSE

https://www.youtube.com/watch?v=fcszcGiJNJA

https://www.youtube.com/watch?v=jsWF__tDXwc











terça-feira, 19 de março de 2019

04- A mesma ideia sobre composto orgânico poderia ser feita em relação à água


Essa minha ideia de levar matéria orgânica para as regiões secas no nordeste, me levou a pensar no mesmo conceito em relação a água. Pensei inicialmente não para levar ao nordeste, mas pensei no caso daqui de São Paulo. Como disse, estamos no período de chuvas e tem chovido bastante aqui.
Poderíamos planejar um jeito de captar esse grande volume de água e transportá-lo para o sistema Cantareira que é o principal sistema de abastecimento da cidade. Ele tem operado com menos da metade de sua capacidade. E alguns anos atrás (se não me engano em 2015) estava em níveis muito baixos operando com sua reserva técnica.
O pensamento reside em planejar um sistema para equilibrar a natureza, pois há lugares que chovem muito e outros que chovem pouco. É outra ideia que não acho impossível mas não sei por que não executamos.
Há uma quantidade de resíduos de poluição na água da chuva, mas é uma quantidade menor do que quando esta água encontra-se com o sistema de esgoto. Há um custo operacional para esta ação mas que poderia ser absorvido pelos governos. Utilizamos dinheiro público para o entretenimento, por que não podemos utiliza-lo para as nossas necessidades básicas?
Faço uma analogia com as formigas, elas trabalham no verão colhendo alimentos para utilizarem durante o inverno. Deveríamos fazer o mesmo com a água.
Escrevi este texto dia 07/03/2019 mas este domingo (10/03/2019) que passou choveu a noite inteira e alagou locais como o bairro do Cambuci aqui na capital e a Região do grande ABC. Preciso verificar mas ocorreram mortes e muitos transtornos para quem habita essas regiões.

P.s.: Uma curiosidade, hoje, 19/03/2019, o sistema cantareira está operando com 51,4% de seu volume.

Fonte:

O mendigo


Certa vez, um mendigo perambulando pela cidade avistou um amontoado de sacos de lixo e resolveu mexer neles para ver se encontrava algo que pudesse lhe ser útil. Em um dos sacos encontrou roupas velhas e pegou algumas que eram do seu tamanho. As roupas estavam velhas mas em boas condições de uso.
Uma peça em especial ele gostou bastante, era uma camiseta com uma estampa que achou bonita.
No dia seguinte, o homem estava andando pelo centro, quando um grupo de pessoas o parou e começou a gritar e a bater nele. Eles gritavam: "Seu nazista! Canalha!" E continuavam a linchá-lo. Quando o mendigo estava quase desmaiando, o grupo foi embora deixando-o agonizando. Um transeunte que passou em seguida parou para acudi-lo.
O mendigo gemendo e em suas últimas palavras, perguntou ao transeunte:
- O que é nazista?
O transeunte explicou o que era e ao final complementou:
- Esta estampa que está na sua camiseta é uma suástica, o símbolo do nazismo.
O mendigo falou:
- Não sabia...
E essas foram as últimas palavras dele.

segunda-feira, 4 de março de 2019

03- Quedas de árvores, análise da matéria de jornal: Caídas após chuvas, árvores viram adubo em São Paulo



Na sexta-feira, dia 01 de Março de 2019, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma matéria, do jornalista Dhiego Maia, onde há a seguinte manchete: CAÍDAS APÓS CHUVAS, ÁRVORES VIRAM ADUBO EM SÃO PAULO.
Mais uma coincidência referente ao assunto que estou abordando. Esses dias têm chovido bastante em São Paulo e muitas árvores estão caindo, causando bastante transtorno na cidade. A matéria informa que ao menos 660 árvores foram derrubadas na semana que passou na cidade, segundo dados do corpo de bombeiros.
É evidente a falta de manutenção com a vegetação e também a falta de nutrientes no solo. Mas o foco deste texto está na informação que relaciona-se à minha ideia de transportar matéria orgânica aos locais de seca no nordeste brasileiro.
A matéria informa que estas árvores são cortadas e depositadas em locais de compostagem, o que é uma ótima notícia. São cinco endereços na capital. O que me chamou atenção é que uma parte é destinada aos aterros sanitários e esta parte poderia ser transportada para o nordeste. Não acho impossível, só penso que não há vontade política para isso. Poderíamos criar uma lei que abrangesse esse assunto. Pois é um material que reaproveitado, não ocuparia volume nos aterros e não seria contaminado por outros resíduos tornando-se inútil.
A matéria nos induz a acreditar que as árvores estão caindo porque estão velhas, mas eu não concordo com isso. Muitas devem sim estar caindo por este fato, mas penso que a maioria está caindo devido ao desequilíbrio ambiental gerado pela construção de uma cidade sem planejamento adequado. Uma coisa em que a matéria acerta é quando o especialista citado diz que as árvores estão plantadas em locais errados. Ou pode-se também dizer que o desenvolvimento da cidade entorno da árvore foi equivocado e que também há erro de especificação de espécies. Nesse caso lembro-me de certa vez ter passado por uma rua de paralelepípedo estreita de bairro, onde a calçada também é estreita e ver uma muda de Araucária plantada em um canteiro. Eu fiquei pensando que quem plantou não tem a menor ideia do porte desta arvore. Mas depois eu passei outro dia e já não havia mais essa muda no local e pensei: ainda bem.
Depois que comecei a estudar sobre vegetação, penso que a opinião pública não entende nada sobre o assunto, porque o ser humano aprendeu a olhar a natureza de forma separada, mas somos um organismo simbiótico. A opinião pública é formada pelo senso comum e o que aparece nas grandes mídias, onde as informações são geralmente simplórias e superficiais.
As árvores não estão caindo somente por sua idade, como um processo natural, mas por sua má formação, solo sem nutriente em grande parte impermeabilizado. O solo é um organismo vivo, precisa respirar, precisa de oxigênio. Outro fator são as água poluídas, destinação de esgoto ineficaz.
Citarei um exemplo de manutenção insatisfatória na cidade. Durante os períodos com menos chuvas, mais secos, você não vê um programa da prefeitura para irrigação das árvores. Outro problema que vejo é que há somente dois agentes permitidos a executarem podas, a prefeitura e a companhia de energia elétrica. Uma fica empurrando a outra a responsabilidade da ação. Como naquela velha história que diz que quando um cachorro tem muitos donos, acaba morrendo de fome, porque um dono acha que o outro já deu comida e vice-versa e acaba que nenhum dá. Uns anos atrás fiz uma solicitação de poda de uma árvore que fica dentro do quintal mas até hoje nunca fomos atendidos.
Estes temas serão abordados posteriormente, pois o foco aqui está em uma ação anterior como a compostagem. Eu acredito que quando entendemos o processo, nossa visão muda e o nosso comportamento é alterado como consequência. Aconteceu comigo e espero que aconteça com todos, pois veremos que todas essas ações respectivas da prefeitura e dos governos não são inteligentes causando transtornos que poderiam ser evitados.

link para matéria:

(não encontrei no própio site do jornal)


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

02- Continuação: Agricultura sintrópica de Ernst Götsch




Hoje é um dia que não para de chover em São Paulo e continuo meus estudos sobre a postagem anterior, mesmo ficando a maior parte da tarde sem sinal de internet.
Me surpreendo com a sincronicidade. Disse anteriormente que era uma ideia minha mas me engano (e sabia disso por ser óbvio). Hoje buscando informações sobre o assunto, achei uma revista Globo Rural, numero 370 de Agosto de 2016 e a matéria de capa é sobre a agricultura sintrópica de Ernst Götsch.
Ele é um cientista suíço que mostra como é possível recuperar solos degradados e produzir alimentos em sistemas agroflorestais. Fiquei surpreendido com a informação que esse foi o tema de uma novela chamada Velho Chico, da Rede Globo. Ou seja, o assunto deve ter atingido muitas pessoas.
Não vou me exceder aqui pois as informações estão na matéria que estão no link. Mas constatei que as ideias de Ernst são as mesmas que eu pensei. Segundo seu conceito, Götsch diz que a sintropia recupera qualquer área, em qualquer bioma. A lógica é utilizar a própria vegetação para iniciar o processo. Acho que uma única diferença mas que não se opõem e sim se complementam entre seu conceito e minha ideia, é que no caso da região seca do Nordeste, é necessário agregar ações também artificiais para acelerar o processo e criar estrutura para atender necessidades dos seres humanos locais. Logo não somente plantas locais seriam utilizadas, mas precisando também da infraestrutura de cisternas e matéria orgânica de outros locais (ações artificiais para otimização do trabalho).

“A vegetação rebrota em qualquer arranjo feito entre o componente florestal e o agrícola, trazendo abundancia, vida e água de volta.” Ernst Götsch

Matéria da Revista Globo Rural:

Site de Ernst Götsch:

palestra:


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

01- Uma ideia, propósito e projeto do Espaço Cinestésico para região seca no Nordeste


Uma ideia

Tive uma ideia e não sei como colocá-la em prática, mas resolvi registrar aqui para começar seu desenvolvimento. Não sei se já teve alguém com a mesma ideia, mas irei procurar e todos que leem este texto também podem ajudar.
Imagino que se há locais na Terra que são secos devem ter alguma razão para existir e devemos mantê-lo assim, mas por exemplo há uma região de seca em parte do Nordeste do Brasil e há pessoas que lá habitam. E é para esses casos que tenho uma ideia de um projeto para resolver tal situação. Como já disse é uma ideia e ainda não sei qual o real impacto ambiental disso mas se já alteramos nosso meio com cidades creio ser este um impacto menor.
A ideia consiste em retirar matéria orgânica (como folhas e lixo orgânico seletivo) de uma região farta deste tipo de material e levá-lo para essas regiões secas onde residem pessoas. Porque este material contém grande quantidade de água.
Essa ideia me ocorreu observando minha composteira. Para quem não sabe, composteiras são locais de depósito de matéria orgânica para decomposição e reuso como adubo vegetal. Este processo pode ser feito com ajuda de minhocas ou não. Sem elas o processo é mais lento mas também é possível obter o que chamamos de húmus vegetal. Todos os nutrientes deste material são reaproveitados pelo solo. É uma boa solução para redução do volume de lixo dos aterros reaproveitando-o de maneira inteligente.
Estava observando minha compostagem com somente folhas. Vou recolhendo as folhas que caem das árvores no quintal e colocando em um balde que fica fechado. Quando há sol, abro este balde debaixo do sol para acelerar o processo de decomposição. Certo dia joguei o conteúdo no chão para jogá-lo na minha composteira com minhocas e o material que estava por baixo já estava semidecomposto, bem úmido e com um cheiro agradável de terra molhada como das florestas tropicais úmidas. Nesse momento tive essa ideia: por que não há um trabalho que leve este material para os solos secos, onde haveria a nutrição deste solo e talvez levando umidade, pudesse aumentar os períodos de chuva no local. Pensei assim: se isso ocorre na escala residencial, por que não executar em uma escala maior como em um país? Não sei se é loucura, mas resolvi colocar a ideia no papel para que possa pedir ajuda de vocês.
Imaginei que com o desenvolvimento e passar do tempo, a solução se auto geraria pois com o solo fértil se desenvolveria vegetação que traria o ciclo de água para o local. E não é somente uma solução para essas regiões secas mas uma solução global porque incide em várias questões como redução de lixo e nutrição do solo portanto, em cidades já desenvolvidas possivelmente com solos mais nutrido haveria menos quedas de arvores por exemplo.
Claro que esta também não é uma ação única, já que também é preciso outros planejamentos como criação de cisternas e locais de deposito, bem como desenvolvimento de transporte para este material. Mas com boa vontade e paciência prevejo sim ser uma solução possível. Cito paciência porque é um processo lento e só obteria resultado satisfatório com o decorrer do tempo.
Considero esta ser uma intervenção positiva do ser humano ao ambiente e um modo de olhar não somente para a ação destrutiva como fazemos intensamente. Dependendo de como o ser humano age, podemos desenvolver ações harmônicas com a natureza, afinal somos uma coisa só. Se pensarmos somente na extração de recursos e não como devolve-los nossa espécie será extinta.
Vejo que estas coisas não são feitas muito mais por desinteresse político e econômico como também por preguiça e a não vontade de mudar. Políticas de levar caminhão-pipa para os moradores dessa região já acontecem, então por que não tentar minha ideia em paralelo?
Não sei quanto custaria mas poderíamos fazer de forma gradual para conseguirmos avaliar estes parâmetros. Poderíamos começar com resíduos das cidades mais próximas e irmos aumentando a escala caso as ações obtenham resultados. Moro em São Paulo e fico pensando o quanto desperdiçamos estes resíduos. Para ações deste tipo precisamos da atuação do governo porque são ações que não visam lucro, mas que podem também ser lucrativas. Também porque precisamos da infraestrutura como transporte e locais de armazenagem. Como já citado melhoraria a destinação dos resíduos orgânicos diminuindo a quantidade de lixo. Por isso o conhecimento botânico é tão importante e é preciso incorporá-lo em nosso dia-a-dia. Ele também faz parte de nossa educação. Acho que é um projeto grande e ambicioso, que geraria bastante emprego. Ele atua também para nosso bem-estar e saúde. Pensem nisso e me ajudem!

Como estava a composteira bem úmida, 
basicamente composta por decomposição de folhas. Foto: Tiru 


Este líquido é o Chorume, 
resultado da decomposição 
da matéria orgânica. 
Utilizado como biofertilizante.
Este é o resultado de aproximadamente 
um mês de compostagem, uma garrafa de 7 Litros. 
Foto: Tiru

Fontes de pesquisa (serão atualizadas conforme desenvolvimento do projeto):




quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Análise sobre o debate entre Edgard Piccoli e Caio Coppolla



Ouço conservadores relacionando Satanismo à ideologia progressista e ouço progressistas difamando o Cristianismo. Respeito os pensamentos, mas acho que é mais complexo que isso. A disseminação de ideias que relacionam coisas faz com que esta seja a realidade, mas não precisa ser necessariamente. Como as próprias religiões mostraram, há diversos pontos de vista sobre nossa existência e costumes. Existe também pessoas como eu que não são conservadoras e nem progressistas, mas que tentam entender os posicionamentos, tendo um olhar crítico tanto em pontos negativos como em positivos.
Faço a reflexão através da análise do programa de rádio Morning Show do dia 25 de Janeiro de 2019. Um programa transmitido pela rádio Jovem Pan, pelo rádio e por seu canal no Youtube. É um programa que aborda assuntos diversos e associo com o formato em áudio de uma revista. Há um condutor do programa que apresenta assuntos e notícias e pessoas ao seu redor para fazer comentários. Neste dia ocorreu uma discussão entre o condutor, Edgard Piccoli, e um dos comentaristas, Caio Coppolla.
Edgard, como mediador do programa, tenta não demonstrar seu viés ideológico, mas é possível perceber sua simpatia pelo pensamento progressista. Já Caio é um conservador declarado. Esse embate ideológico vem crescendo desde as manifestações de junho de 2013 e também com a eleição presidencial de 2018. Por isso, o debate entre os dois gerou bastante repercussão na Internet.
Tentarei não entrar no mérito das ideias que estavam sendo discutidas (deixarei o vídeo aqui para quem quiser conferir). Vou descrever o que senti.
O condutor do programa se sentiu extremamente desconfortável com o que ouviu do comentarista. Por consequência sua reação foi desrespeitosa com ele, interrompendo-o continuamente sem que pudesse concluir seu raciocínio. Observei um embate emocional por parte do condutor e um embate racional por parte do comentarista. E era neste ponto que queria chegar. Penso que o condutor, ao ouvir as críticas ao progressismo, criou uma interpretação própria, talvez de que todas as pessoas progressistas são más e satanistas. Interpretou de forma emocional/pessoal e logo soou como uma ofensa. Mas a crítica do comentarista reside na ideia e não na pessoa. É preciso entender que é sobretudo um embate de ideias e pontos de vista e na verdade, é bom ouvir ideias contrarias às suas. Elas que fazem questionar.
Outra reação foi evocar a ajuda dos comentários dos outros participantes, que estavam de acordo com suas próprias convicções. Uma reação covarde. Citações como: “ele tem muito a falar, ele está à flor da pele”, invertem as sensações reforçando o lado emocional e não o racional. É um diálogo que não prospera porque a dimensão individual não é a mesma da coletiva, que abrange o campo das ideias. Tento ouvir de fora porque não vejo concordância total com o que eu penso. Concordo e discordo em pontos sobre todas as correntes. Por isso não quero expor as ideias mas explorar o comportamento humano sobre elas. O debate caminhou para o lado pessoal, como o argumento de que o comentarista era o participante que mais falava durante os programas. Considerei um desrespeito também ao ouvinte. É isso que as pessoas em sua “surdez” não conseguem perceber. Porém, infelizmente, é o que dá audiência.
Quando uma pessoa entende o controle do ego, consegue perceber o que descrevi. Por mais que Edgard não concordasse, ele deveria escutar e após se colocar, sem julgamento ao Caio, mas ao que ele estava dizendo, ou seja sua ideia. Digo do controle do ego, porque a base de justificação dos argumentos é praticamente a mesma de ambos os lados, tende ao apelo emocional e realmente torna-se apenas uma disputa narrativa.


Link para o vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=x0Uk713zHjM